• Marília Marasciulo
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Quem foi Condessa de Barral, a grande paixão de Dom Pedro II (Foto: Wikimedia Commons)

Quem foi Condessa de Barral, a grande paixão de Dom Pedro II (Foto: Wikimedia Commons)

Nascida em 1816 na Bahia, Luísa Margarida de Barros Portugal, conhecida como Condessa do Barral, foi uma brasileira descendente de senhores de engenho do Brasil colonial. Após estudar na Europa, casou-se com um nobre francês e passou a integrar a corte do Rei Luís Filipe I. Voltou ao Brasil em 1856 com a missão de educar as princesas imperiais, mas acabou se apaixonando por Dom Pedro II. O romance dos dois durou 34 anos, até a morte de ambos, em 1891. Até hoje, a Condessa do Barral é considerada como o grande amor do Imperador. Conheça mais sobre sua história:

Origem e educação
A Condessa do Barral foi a única filha única de Domingos Borges de Barros, um senhor de engenho da Bahia conhecido como Visconde de Pedra Branca, e Maria do Carmo Gouveia Portugal, descendente de uma família tradicional portuguesa. Embora tenha crescido no engenho do pai, foi enviada à França durante a juventude para estudar. Lá, adquiriu um nível cultural elevado e conheceu o marido, que lhe deu o título pelo qual ficou famosa.

Casamento na corte francesa
A família Barral pertencia à nobreza da França desde o século 17 e tinha ligações de parentesco com Napoleão Bonaparte. Por isso, no século 19, conviveu dentro da corte do rei Luís Filipe I. Um dos membros da família era Eugène de Barral, o conde de Barral, que se casou com a brasileira Luísa Margarida de Barros Portugal em 1837. A partir desse momento, a Condessa de Barral começou a fazer parte da corte francesa, tornando-se amiga e dama de companhia de Dona Francisca de Bragança, irmã do Imperador Dom Pedro II.

De volta ao Brasil
Convencida pela amiga, a Condessa do Barral aceitou virar preceptora das filhas de Dom Pedro II, as princesas Isabel e Leopoldina. Em 1856, voltou ao Brasil com o filho Dominique e sem o marido, Eugène, para assumir o novo posto na corte brasileira. Em seguida, foi nomeada dama de companhia da imperatriz Dona Tereza Cristina. Logo que começou a frequentar o Palácio São Cristóvão, começou a exercer influência na família imperial e a ter contato mais direto com Dom Pedro II.

Romance às escondidas
A personalidade forte e o estilo culto e refinado da condessa logo atraíram o interesse de Dom Pedro II. Não demorou para que os dois começassem a se encontrar às escondidas, principalmente na cidade de Petrópolis. Embora extraconjugal, o relacionamento era conhecido dentro do círculo imperial, mas virou público no final do século 19, quando jornais republicanos passaram a tocar no assunto por meio de charges e notícias

De volta à França
A Condessa do Barral voltou à França em 1865, após cumprir a missão como preceptora: ambas as princesas se casaram. Mas o romance com Dom Pedro II continuou à distância, em cartas apaixonadas. E durou 34 anos, até o final da vida dos dois, que morreram em 1891: ela de pneumonia e ele por complicações de diabetes.